quinta-feira, 16 de julho de 2015

Xuto.

O par Schauble e Merkel deve ter ficado desiludido com a aprovação do maldito acordo pelo parlamento grego. 

Certamente, um obstáculo à expulsão da Grécia do euro programada pelo ministro das finanças alemão. 

A sofrida votação do parlamento grego parece ter dado alguma força à facção mais moderada do sinistro Eurogroup. Pelo menos, o sr. Draghi já fala abertamente da inevitabilidade de cortar a dívida grega. Com alguma firmeza. De encontro aos pareceres disfuncionais do FMI. 

O não, votado ontem à noite pelo belo Varoufakis (de quem continuo fã!) era talvez uma oportunidade de tudo recomeçar (como escreve no seu blogue) mas talvez com consequências ainda mais penosas para os gregos comuns?

Talvez. Só podemos escrever talvez, talvez, talvez. 

Ontem, na SIC Notícias ouvi um debate interessante em que participava o embaixador Francisco Seixas da Costa e o economista Pedro Lains, tentando interpretar Tsipras e o acordo. Que c
onsideraram um falso acordo que vai acabar por cair pela sua impossibilidade. Vamos saber.

Miguel Esteves Cardoso, o MEC, escreve que todos opinamos sobre a Grécia, mesmo sem nada saber...

É verdade. No meu caso, não consigo ficar indiferente aos acontecimentos. Tento informar-me o melhor possível, sobretudo na imprensa inglesa, e ter uma opinião baseada na empatia e na intuição.

Uma coisa estou certa. Estamos bem lixados.

sábado, 11 de julho de 2015

Da humildade ou da falta dela.

A falta de humildade dos nossos governantes enerva-me muitíssimo. 

A arrogância cheia de desfaçatez com que fazem declarações sobre os outros indigna-me. 

Ouvia Pedro Passos Coelho sobre a dívida grega, dizer, com aquela voz sempre monotonamente inchada, que o tempo escasseia e que perdoar uma dívida está fora de questão, afirmando-se mais papista que o papa, como se realmente ele fosse determinante para a decisão. Não passa de ajudante, o que, infelizmente, já causa bastante dano.


O que pensa um homem destes sobre Obama, por exemplo? Quero dizer, o que pensa da grandeza de Obama? Ou acha-se ao nível!? Ou sobre Francisco, sobre a grandeza de Francisco?

Para além da falta de humildade, a mentira institucionalizada de Passos Coelho e seus acólitos revolta-me todos os dias.

Não somos a Grécia, nem os portugueses os gregos, mas confio que, na hora de votar, tenhamos discernimento para distinguir o bem do mal, a verdade da mentira, a cobardia da coragem, a subserviência da dignidade.

Recordar Atenas.

Gostei muito de Atenas quando lá estive.

Foi em Julho de 2009, vendo bem, já passaram seis anos! 
Gostei de Atenas, das ilhas, das pessoas. Achei os homens lindos, altos, morenos de olhos esverdeados. Apesar de todos os meus amigos não gostarem especialmente de Atenas, eu gostei.

Na altura, o meu foco era visitar a Acrópole de Atenas, outros locais e monumentos que marcaram a minha adolescência. Porque tive uma paixão pela cultura da Antiguidade Clássica, especialmente pela arte, a escultura, lá pelos meus doze, treze anos. Estudei aquilo tudo, aprendi palavras em grego, sonhei com a Grécia. Depois passou mas, quando fui a Atenas, essa antiga paixão voltou.





8 de Julho